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Cada parte é importante

Graça, Paz e Alegria!

Está no Portal Evangélico Compartilhando Na Web, 16/02/2010.

Atos dos Apóstolos 6.1-7

1 Ora, naqueles dias, crescendo o número dos discípulos, houve uma murmuração dos helenistas contra os hebreus, porque as viúvas daqueles estavam sendo esquecidas na distribuição diária.
2 E os doze, convocando a multidão dos discípulos, disseram: Não é razoável que nós deixemos a palavra de Deus e sirvamos às mesas.
3 Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais encarreguemos deste serviço.
4 Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra.
5 O parecer agradou a todos e elegeram a Estevão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas, e Nicolau, prosélito de Antioquia,
6 e os apresentaram perante os apóstolos; estes, tendo orado, lhes impuseram as mãos.
7 E divulgava-se a palavra de Deus, de sorte que se multiplicava muito o número dos discípulos em Jerusalém e muitos sacerdotes obedeciam à fé.

No texto de hoje vemos duas coisas: 1) o número de pessoas que acompanhavam e eram atendidas pelo trabalho dos apóstolos continuava crescendo e, com isso, 2) se fazia necessária uma distribuição de tarefas. Não quer dizer que uns fariam exclusivamente uma coisa e que outros fariam exclusivamente outras. Acredito que todos estavam prontos para, em algum momento, fazer "todas as funções". Mas não era bom que fosse assim o tempo todo. Era necessário que um grupo tivesse como prioridade uma parte do trabalho e outro grupo, tivesse como prioridade outra parte do trabalho. Não quer dizer que uma parte seria mais importante que a outra, mas eram apenas partes diferentes do todo do trabalho. Sem a ação em todas as frentes, o trabalho estava passando por alguns questionamentos, por murmurações, pois não estava sendo possível fazer tudo. Mas, com uma divisão de tarefas, isso foi possível!

Muitos querem partir de uma estruturação, dessa divisão de tarefas, antes mesmo que tenha o trabalho! Não é assim que o texto nos ensina. Diante da necessidade, a divisão foi feita. Não há necessidade de estruturar todo o trabalho antes que ele esteja em ação. Mas precisamos, como os apóstolos, ter discernimento para fazer isso no momento certo. Nem antes da hora nem deixando passar muito tempo da hora.

Além disso, mesmo que todos pudessem (ou até possam!) fazer todas as funções, cada pessoa é capacitada por Deus para, no mínimo, uma obra, para um afazer específico. Tenho certeza que você, que neste momento está lendo esta meditação, está se lembrando de alguma coisa que o Senhor já incomodou no seu coração para que esteja realizando.

Você tem buscado aprimorar esse dom? Você tem buscado realizar a obra para a qual foi chamado/a? Não se esqueça da Parábola dos Talentos (Mateus 25.14-30): o dom, o talento precisa ser desenvolvido (aprimoramento) e dar fruto (conversão e mostras de trabalho), aumentar, edificar para o louvor da glória do Senhor. O texto nos mostra que a divisão de tarefas permitiu o avanço ainda com mais efeito do trabalho dos apóstolos! Mesmo entre a liderança religiosa judaica começava um movimento na direção de conversão. Estava fazendo diferença. Tudo porque houve disposição (vontade) para o trabalho, disponibilidade (dedicação de tempo) para a realização, discernimento do que precisava ser feito, além da realização do trabalho com a divisão das "frentes de trabalho". Cada função é importante e necessária para que o trabalho possa seguir, pode ter certeza. Que possamos nos dedicar ao trabalho onde o Senhor nos chama a realizar.

Se Deus é por nós, quem será contra nós?

Graça, Paz e Alegria!

Está no Portal Evangélico Compartilhando Na Web, 02/02/2010.

Atos dos Apóstolos 5.33-42

33 Ora, ouvindo eles isto, se enfureceram e queriam matá-los.
34 Mas, levantando-se no sinédrio certo fariseu chamado Gamaliel, doutor da lei, acatado por todo o povo, mandou que por um pouco saíssem aqueles homens;
35 e prosseguiu: Varões israelitas, acautelai-vos a respeito do que estais para fazer a estes homens.
36 Porque, há algum tempo, levantou-se Teudas, dizendo ser alguém; ao qual se ajuntaram uns quatrocentos homens; mas ele foi morto e todos quantos lhe obedeciam foram dispersos e reduzidos a nada.
37 Depois dele levantou-se Judas, o galileu, nos dias do recenseamento, e levou muitos após si; mas também este pereceu e todos quantos lhe obedeciam foram dispersos.
38 Agora vos digo: Dai de mão a estes homens e deixai-os, porque este conselho ou esta obra, caso seja dos homens, se desfará;
39 mas, se é de Deus, não podereis derrotá-los; para que não sejais, porventura, achados até combatendo contra Deus.
40 Concordaram, pois, com ele, e tendo chamado os apóstolos, açoitaram-nos e mandaram que não falassem em nome de Jesus, e os soltaram.
41 Retiraram-se, pois, da presença do sinédrio, regozijando-se de terem sido julgados dignos de sofrer afronta pelo nome de Jesus.
42 E todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar e de anunciar a Jesus, o Cristo.

Os apóstolos continuavam realizando o trabalho. Mas, os principais na religiosidade da época ainda estavam querendo acabar com aquele movimento. Só que algo estava diferente, afinal Jesus já tinha sido morto, mas os seus seguidores continuavam o trabalho normalmente. Era diferente, algo estava estranho naquela manutenção do "movimento de Jesus", digamos assim. Era esperado que o movimento acabasse, como no próprio texto vemos os exemplos citados, com a morte do líder. Mas neste caso, os apóstolos seguiam o trabalho, mesmo depois da execução do Mestre. Algo realmente era diferente nesse movimento!

Gamaliel, respeitado em sua posição, dá o seu parecer neste texto. Se era de Deus, ia seguir. Se não era, como tantos outros (alguns que são citados no próprio texto), o que já ocorreu (a execução de Jesus) já era suficiente para abafar o movimento. Mas como esse seguia depois da execução do líder, Gamaliel se preocupou que essa diferença pudesse vir de Deus mesmo! E se eles seguissem brigando com os apóstolos, na verdade estariam brigando com o próprio Deus. Assim, o parecer de Gamaliel é que devem deixar o movimento seguir e se a inspiração realmente viesse de Deus, seguiria mesmo que houvesse qualquer perseguição. Mas se não viesse de Deus, logo iria acabar, pois o Líder do movimento já tinha morrido. Nós sabemos que a diferença com outros movimentos de antes era fundamentada tanto na questão que o movimento vinha realmente de Deus, que Jesus, apesar de executado, tinha ressuscitado e está vivo, além, é claro, do Consolo do Espírito Santo. Não era um movimento apenas humanístico, que buscava o bem estar da sociedade ou até mesmo espiritual, mas sem profundidade. Era um movimento que realmente buscava o bem estar social e havia profundidade na questão espiritual, com inspiração vinda de Deus!

É claro que não podemos apenas nos acomodar diante de heresias. Gamaliel nesse caso não parece acomodado, mas incomodado. Ele não via porque aquele movimento continuava, apesar da permanência no trabalho dos apóstolos. Era diferente, tinha algo especial e quem deveria tratar era o próprio Deus, pois se fosse algo falso, quem deveria dar cabo era o Senhor. Mas se fosse verdadeiro, iria continuar. Não era uma acomodação diante de um erro teológico, mas a certeza que havia algo diferente. Os apóstolos ainda eram judeus, iam aos trabalhos judaicos, mas falavam de "algo mais". Não parecia apenas uma nova heresia, mas havia algo diferente, pois as coisas aconteciam de fato. Havia curas, libertações e conversões, além de conteúdo teológico! Algo era diferente. Não era apenas um convencimento do intelecto ou realização de maravilhas, mas algo estava realmente acontecendo que não poderia ser explicado. E apenas Deus poderia dar a resposta certa, pois parecia muito bom o que acontecia e os dias poderiam mostrar se havia um erro, pois se houvesse, Deus mesmo iria mostrar.

Há muitas coisas erradas em nossos dias, principalmente por estarmos vivendo profeticamente, entendo, os dias da Igreja de Laodicéia, no Apocalipse. Não é quente (crente demais) nem frio (herege demais). Fica num perigoso "meio termo", morno. Até mesmo dentro das comunidades temos que tomar cuidado. Claro que as respostas acertadas virão de Deus, mas se os frutos não se apresentam, devemos tomar cuidado! Parece bom, mas diferente do que ocorria nos dias dos apóstolos, não há manifestação do Senhor, temos que tomar cuidado! E se há alguma coisa que parece manifestação do Senhor, deixemos o Senhor mesmo avaliar e dar crescimento ao trabalho ou acabar com a mentira, pois se o inimigo pode se passar por anjo de luz, é claro que algumas coisas podem acontecer e ainda assim haver erro! Logo, o conselho de Gamaliel vale: não acomodação quando há erro e falta da manifestação de Deus, mas deixar o Senhor mesmo dar o crescimento quando há acerto e manifestação das coisas do Senhor. Se está parecendo bom e vem do Senhor, Ele mesmo dará o crescimento. Mas se não parece bom, se há algo errado, não se encaixa no conselho de Gamaliel. Alguns ainda acham que qualquer manifestação de movimentos deve ter de nós a mesma observação de Gamaliel, pois se for do Senhor, irá prevalecer. Mas Gamaliel não deu esse parecer para qualquer movimento de sua época. Ele deu esse parecer porque havia algo diferente nesse movimento. E como havia algo diferente, deixa o Senhor cuidar. Mas, se houvesse erro claro, acredito que Gamaliel não daria esse conselho. Antes, iria condenar e desacreditar. Logo, não cabe em qualquer movimento religioso esse conselho, mas só para aqueles que mostram que podem realmente ter algo diferente, que podem mesmo vir de Deus. Porque se não mostrar isso, devemos tomar cuidado, claro!

Por fim, mesmo com o conselho de Gamaliel de deixar acontecer e o Senhor mesmo dar a resposta, os apóstolos foram açoitados e houve a recomendação de que deveriam parar de falar de Jesus. Como nas palavras de Jesus, os apóstolos sentem-se "bem-aventurados", por terem sido achados dignos de sofrer afronta em nome do Senhor. E seguiram o trabalho, independente da recomendação contrária. Hoje em dia, muitos que fazem a obra, querem apenas fazer na "comodidade", sem receber "oposição". Oram por isso, pedem para que orem por isso, e até desanimam caso a "perseguição" continue. Outros até acham que se há perseguição, não há cuidado do Senhor. Bom... a Palavra revela algo diferente e se eu for perseguido por fazer a vontade do Senhor, se eu estiver mesmo buscando o querer Dele, serei bem-aventurado, como os apóstolos foram e se sentiram. Claro que não quero "oposição" ou perseguição! Mas se ela acontecer, que o Senhor mesmo cuide de todas as coisas!